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alone

Parece que dois meses depois, tudo me acertou como se fosse um tsunami e sinceramente não onde fui parar, pela sensação ou enterrei a cabeça na areia ou fiquei presa pelas pernas de cabeça para baixo. Mas desconfio que o meu cérebro se tenha afogado porque pelo escorregar de pensamentos, tudo na minha cabeça anda à deriva.  Quando venho a casa está tudo no mesmo lugar, quieto e em silêncio, igual, como eu deixei de cada vez que fecho a porta e vou acabar o que me falta. Já não ouço o chamar o meu nome a toda a hora ou o "vem aqui". E mais uma vez, o desespero acerta-me e puxa-me para baixo como se eu me fosse afogar nas minhas próprias lágrimas. Volto a dar uma volta a casa, procuro-te em cada canto, porque não estas na tua cadeira na cozinha? Porque é que não me respondes? Onde estas? Mais uma vez só silêncio, páro e tento conformar-me que não estás aqui e que não vais voltar a estar aqui, comigo, na nossa casa. Mas porquê? Porquê? Eu sempre tive medo de ficar sozinha,

episodes

Apetece-me focar em episódios e episódios sem fim, focar em qualquer coisa e ter espetativas que tudo o que está dentro de um episódio pode ser realmente a realidade de alguém. Mas, tento utilizar esta técnica para acontecimentos indesejados da minha vida durante o dia, desde o caminho entre os andares e os corredores, como a subida e descida dos elevadores enquanto existe tanta gente a espera para o mesmo. A jornada tem sido difícil até aqui e cada vez mais difícil se torna quando caminhamos todos para o fim. Cada vez é mais insuportável qualquer dor que faça buraco no mesmo sítio, pois vai sendo uma ferida cada vez mais funda e cada vez é mais complicado de sacatrizar ou até nunca será possível que tal aconteça. Quando me lembro destas coisas tento não pensar muito em mim e lembro-me da minha mãe que passa 86400 segundos por dia naquela cama sem poder muito sair dali ou sequer mexer-se demais. Aí tenho medo, tenho muito medo e o buraco da ferida fica ainda mais fundo como se atravess